quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

a Eterna espera...O Prelúdio de uma Vitória

Hj é dia 07/01/2009, e parece que o relógio simplesmente travou.Minha família chega hoje de viagem, estamos nos preparando para passar a melhor semana de nossas vidas.
Após 6 anos, esta é a primeira vez q todos nós iremos viajar juntos; pode parecer besteira, mais isso tem um significado muito especial e importante, considerando que meu irmão e eu estamos cada dia mais próximos(eu acho), o que coloca fim em uma crise de anos.
Em 2008, passei por momentos muito complicado (nada que se compare ao ano de 2007): briguei com meu pai, tive problemas de relacionamentos dentro do cursinho...mais tudo isso foi no começo do ano, pois no decorrer, eu tive um entrosamento muito significativo, porém, algumas mascaras caíram de forma inesperada, as verdadeiras faces apareceram e fui descobrindo o lado negro e individualista de cada um dos meus "grandes amigos".
Ao invés de me desesperar(como aconteceu algumas vezes), eu aprendi a aceitar esses momentos...como dizem: TUDO É EFÊMERO, pq haveria de ser diferente numa amizade q começou em um cursinho??!!! É claro q algumas se solidificam mesmo, tornam-se gdes amizades...amizades eternas...mais em algum momento elas iram se distanciar...seja por causa dos estudos, trabalho, ou o q for...mais os momentos vão ficar eternamente gravados na memória...com uma imensa saudade q vai doer na alma...mas...cada um deve seguir o seu rumo, não é!!!Voltando ao fato das férias...estou realmente precisando deste tempo com pessoas verdadeiramente amadas(minha familia)...preciso me recompor para um ano tumultuado.
Ai vai um texto q eu adorei...e ele combina muito com o momento nostalgico q estou vivendo...é um texto de autoria de Miguel Falabela:

Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para
sentirmos
tanta saudade... Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no
chão
dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói
bater a
cabeça na quina da mesa, dói morder a língua! Dói cólica, cárie e
pedra no
rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades
todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se
lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se
onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se
amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra
uma
saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista, como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre
ocupada, se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar
na
Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a
estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se
ela
continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos
apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se
ele
continua cantando tão bem, se ela continua detestando o MC Donald's, se
ele
continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber
como
encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as
lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um
silêncio
que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo
querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os
amigos
por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais
bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora, depois que acabou de ler...



2 comentários:

  1. Prefiro vc ao Miguel Falabela... (Pelos dois textos que li)... Ai! Eu sou uma amiga das que viverá eternamente em vc... e eu sei disso pq vc é, realmente, um amigo que viverá em mim! Bom, a gente às vzs precisa de um tempo... com a fámilia, sozinhos, com amigos, às vzs até com inimigos... mas não devemos padronizar nossa vida, devemos ser como somos no momento em que somos... e vc é! por isso é tão autêntico...

    BJÃO.

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